Cherreads

Chapter 55 - Pronto para a revanche? 1

POV Connor

'Me subestimando?.'

Se fosse não poderia culpa-lo, da última vez que nós vimos não deixei a melhor impressão, no máximo de uma criança assustada.

'Mas se pensar assim vai se arrepender.'

Pensei com frieza e prestes a avançar, mas o chefe dos goblins levantou a mão em um claro sinal de espera. Ele não tinha feito isso da última vez, na verdade no mesmo instante que apareceu ele já começou a matar sem nenhuma consideração. Mas agora ele não só usou uma tática de surpresa como também pediu pra esperar?!.

Fiquei tão atômico que congelei momentaneamente, durante uma luta isso é um erro fatal, mas nenhum dos goblins se aproveitou, todos ficaram parados esperando o comando do chefe. Com movimentos rápidos da mão de 4 dedos ele indicou que o goblin de dois machados que estava lutando com o Max e o Mav entrasse na cabana logo atrás.

Os dois ainda estavam atendidos pelo aparecimento dramático do chefe e não reagiram quando esse fez oque foi ordenado. As meninas tentaram impedir mas o goblin montado na fera branca não deixou assim como o goblin encapuzado.

Ele mau ficou dentro da cabana por 5 segundos antes de volta carregando uma aljava cheia de flechas, mesmo daqui pude ver que tinha no mínimo 20 flechas. O goblin dos dois machados a entregou para o chefe que por sua vez a jogou, bem na minha direção.

Ela caiu com um baque seco nos meus pés, me deixando momentaneamente aturdido. O chefe cruzou os braços e indicou que eu pegasse a aljava com o queixo, nem se incomando em sequer pegar a espada.

Eu olhei para aljava e para ele pelo menos três vezes antes de olhar para os meus amigos e ver oque eles achavam, Max e Mav estavam como eu não entendo bem oque ele pretendia com isso, Cali também estava assim mas nunca deixava de olhar para gente e garantir que nenhum ataque viria enquanto estivéssemos nesse "impasse". E Anna, ela só me olhava como se dissesse: pegue logo isso.

O chefe também me olhava com a mesma expressão mas que lentamente estava afinado irritado, não querendo o provocar ainda mais, eu me guardei a espada curta e me abaixei sem tirar os olhos de nenhum dos goblins maiores que o normal e peguei a aljava. Só pelo peso pude dizer que nenhum dessas flechas era uniforme, algumas eram mais grossas e pesadas, tanto outras eram ligeiramente mais curtas.

Isso geralmente seria um problema, mas desde que vim para a Provação senti que minhas capacidades com o arco melhoraram de um jeito sem precedentes. Ao ponto deque mesmo usando flechas inadequadas não seriam impecilhos para eu acertar um alvo.

Com a aljava nas costas e ereto outra vez olhei para o chefe goblin novamente, ele me olhou com clara satisfação. Oque fez meu sangue ferver.

'Voce concerteza vai se arrepender por te me dado essas flechas.'

É oque eu quis transmitir com meu olhar, isso pareceu divertir o chefe novamente. Eu estava pronto para a revanche que eu esperava a semanas.

Ele pegou a espada cravada no chão perto de onde eu tinha matado o goblin tatuado, e no instante seguinte já estava descendo ela em direção da minha cabeça.

*********************

(Lado esquerdo, o grupo em retirada)

POV Yaou

'Quem imaginaria que isso iria acontecer.'

Pensei amargamente segurando meu braço deslocado e sangrando, vendo a cena na minha frente. Dos quase 14 que tinham vindo comigo só sobraram 3 estavam sem ferimentos serios e ajudando os as piores feridas, 7 estavam com ferimentos que os icapacitaram e outros 4, dois estavam estirados no chão outro tinha sido basicamente retalhado pelos demônios verdes, e o terceiro.....

*Chirrrp, chomp, drrrggg*

Estava tendo o corpo despedaçado pelo principal culpado da nossa situação atual.

Uma criatura grande quase do tamanho de uma casa, mas ainda estranhamente silenciosa, só sua presença sendo o suficiente pra deixar bem claro para nós que eles era forte. Completamente negro com olhos vermelhos iguais abrasas e uma pelagem que parcia ondular igual fumaça dependendo de como você olhasse.

Esse foi o principal responsável pela nossa falha, mas nem de longe o único. Olhei com raiva para meu braço e para o lugar onde aquela dois tinham ido, de volta para o centro da vila dos goblins.

No início as coisas estabm indo bem, pedras jogadas, esfera explosiva menor pra abrir um buraco e entrar. Acho que foi ali que as coisas começaram a dar errado.

Logo que começamos a entrar, 2 foram mandados para trás com um corte voador, igual os cavaleiros de 3 círculo (Kaio: algo entorno do nível 15 a 25, segundo minha análise) conseguiam utilizar, um terceiro tendo sido acertado por uma pequena explosão parecida com a causada pela esfera explosiva mandou um terceiro pra longe também.

Logo a frente vimos os responsáveis, o líder da aldeia dos goblins, que Connor tinha descrito com uma grande riqueza de detalhes, e outro goblin um pouco menor que o lider mas maior que os goblins comuns usando uma túnica com capuz parecido com um dos magos.

Obviamente não estavam sozinhos eles tinham trazido com eles outros 10 goblins comuns e mais 3 que pareciam goblins mas claramente não eram comuns.

'Bonecos de carne?!, como uma coisas dessas pode existir aqui?!'

Já tive que lidar com bonecos de carne antes, e com os desprezíveis que os comandavam. Não era uma das coisas que eu tinha vontade de experimentar outra vez, ainda mais aqui. Um lugar onde, fora as criaturas estranhas que frequentemente tentavam te matar, mal seria diferente de um paraíso idílico como descrito nas histórias da minha terra natal.

Mas aqui estavam elas, destruindo um dos únicos pontos onde eu tinha encontrado uma estranha sensação de prazer onde meu esforço podia ser visto de forma objetiva ao invés de vaga como geralmente era.

Não vou dizer que tudo que aconteceu depois foi apenas culpa daqueles dois, três contando com a criatura que ainda estavam arrancando partes do pobre coitado que não conseguiu se salvar. Não tenho como negar que eu tentei ao máximo eliminar os dois e conseguir o maior prêmio para mim.

Mesmo entre os dançarinos de espadas, as mulheres eram vistas mais como decoração que como guerreiras propriamente, mesmo que não fosse muito vencer essas duas criaturas mostraria que nem todas são assim, que com dedicação todas podemos nos igualar e até superar os homens.

Por um tempo eu consegui manter os dois ocupados enquanto os demais cuidavam dos goblins comuns, eles não eram um grande problema, um acerto na cabeça com uma das pedras que ainda tinham nos caixotes e eles caiam.

Mesmo sem essa distração duas pessoas juntas podiam acabar com 1 goblin sem muitos problemas, o problema eram os fantoches de carne e principalmente o lider goblin. Eu conseguia desviar e redirecionar vários dos ataques do goblin encapuzado, os ataques dele não eram diferentes de magos de 2 círculo, no máximo, mas os ataques do líder eram diferentes.

Eram como ataques mistos de um cavaleiro de 4 círculo com algumas artimanhas de um integrante dos templos marciais de garu mediando (que não consigo entender, o por quê de nesse continente eles serem conhecidos apenas como templos). Com esse dois eu conseguia mantê-los distraídos e dar alguns ataques mas nada efetivo.

Até que os bonecos de carne momentaneamente pararam, oque chamou a atenção de todos. Nesse tempo eu já estava cansada e com alguns cortes superficiais, 3 dos meus estavam feridos e tinham recuado pra se recuperarem e havia sobrado apenas 2 goblins fora os bonecos de carne e os goblins maiores.

Vendo eles os bonecos pararam e voterm pouco depois, o líder goblin sinalizou algo para o encapuzado, depois começou a me atacar com muito mais empenho. Foi aí que eu percebo que nele não erva levando as coisas completamente a sério antes, ele estava sério sim mas não com a intenção explícita de matar, mas apenas lutar.

Agora a intenção era claramente outra, matar se possível mas acima disso deixar o goblin encapuzado fazer oque tinha que fazer. Eu então ordenei que todos se consentrasem nele, mas os goblins restantes não deixaram barato e logo perdemos 1 e 5 ficaram gravemente feridos.

Vencemos os goblins e logo depois por algum motivo o goblin encapuzado se virou e foi em direção ao centro da vila, o líder me impedindo ir atrás e me mandou para longe com um corte e em seguida cortou outra pessoa. Nessa hora os 2 bonecos de carne ainda "vivos" simplesmente desabaram.

O goblin líder nessa hora deu dois pisões fortes no chão, liberou uma onda de Aether que empurrou todos 5 ou 6 metros para trás, e simplesmente saltou de volta para a aldeia, mas não para o centro igual o encapuzado mas para o outro lado onde estávamos atacando. Eu estava prestes a ir atrás dele quando ouvi um urro de dor, mas vindo de trás, quando me virei vi uma massa de escuridão viva mandando um homem para longe com uma patata e abocanhando outro.

De lá pra cá, aconteceu oque se esperava. Nos tentamos parar aquilo atacando juntos, nada doque fazíamos dava certo, e se não fosse pelas pseudo poções, teriam muito mais corpos no chão.

Quando as "poções" acabaram, fiz a única coisa que podia e usei a esfera de emergência, tanto para sinalizar a situação quanto para distrair a criatura de sombras que não importando o quanto tentassemos não conseguiamos cortar. Quando tentavamos, ou passava por ela igual quando se tentava cortar fumaça ou o couro ricocheteava os ataques.

Na última tentativa logo depois que ele tinha sido cegado eu tentei acertalo no focinho ou na parte interna da bica oque me rendeu esse ferimento, e mais uma baixa quando um dos meus amigos do circo do Piqval, me salvou.

A raiva que eu sentia de mim por cada frimto que eles sofreram, por cada morte era inigualável.

'Como fazer?, como posso fazer pra fazer aquela coisa sangrar?!'

Eu quase estava enlouquecendo pensando nisso enqunto me escondia com os demais e era obrigada a a ouvir aquela criatura triturado os corpos que não podíamos recuperar. Senti alguma coisa se aproximando de nós e preparei minha espada, por mais que meu braço doesse tanto de esforço quanto pelos próprios feimetos ainda que não tão sérios quanto no outro.

Felizmente não era um inimigo, mas um dos subordinados do Andreas.

–Senhorita como estão as coisas?

Ele perguntou o mais baixo que conseguiu, enquanto chegava mais perto da forma mais silenciosa e rápida que conseguia.

–Ruins aqui. E nós outros lugares?

–Retaguarda segura, portão da frente estável, lado direito também, o grupo dos jovens está atacando o centro da vila e parece que já lidaram com o responsável pelos bonecos de carne.

–Heeen, entao foram aqueles garotos, nada mau.

Disse tanto impressionada quanto levemente amarga pensando na mainha situação.

–E qual a sua–!!!

Ele parou quando viu o estado do meu braço e o reto do meu corpo, bem como o estado dos outros que estavam comigo. Ele também não parecia ser idiota já que logo vou que faltava pessoal.

–Oque aconteceu?

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